Data: 17-08-2012
Criterio: D2
Avaliador: Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG: Marcelo
Especialista(s):
Justificativa
Maytenus rupestris caracteriza-se por arbustos endêmicos do Cerrado, sendo restrita à Serra do Cipó, região da Cadeia do Espinhaço, no Estado de Minas Gerais. Apesar de sua distribuição restrita e pontual, é localmente abundante, e ainda ocorre em áreas perturbadas. É encontrada em vegetação aberta entre rochas de arenito, laterais de rios e barrancos, e próximo a Florestas Ripárias. Está sujeita à constante ameaça da especulação imobiliária, do turismo desordenado e do desmatamento para carvoaria e mineração. É pouco representada em coleções científicas, havendo apenas uma coleta na última década. Por estar sujeita a menos de cinco situações de ameaça e apresentar AOO estimado em 16 km², foi avaliada como "Vulnerável" (VU).
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Monteverdia rupestris (Pirani & Carvalho-Okano) Biral;
Família: Celastraceae
Sinônimos:
Maytenus rupestris é distinta das demais espécies do gênero porpossuir folhas ascendentes, estreitas e com margens revolutas, e também possuipoucas flores (2 a 3, raramente 4), reduzida a cima. além disso, M. rupestris é facilmente reconhecida nocampo pela coloração de suas folhas, as quais são verde escuro e brilhante naface superior e verde claro e fosco na face inferior, tornando acinzentado a glaucoem ambas as faces quando seca (Pirani; Carvalho-Okano, 1999).
Embora seja provavelmente endêmica da Serra do Cipó, uma vez que não foi encontrada em outro lugar até o momento, localmente, é relativamente comum (Pirani; Carvalho-Okano, 1999).
Maytenus rupestris é conhecida atéagora apenasda Serrado Cipó,ao Sul da Serra do Espinhaço, em Minas Gerais (Pirani;Carvalho-Okano, 1999).
Abusto de 1 a 3 m de altura, glabra. Folhas alternas, ascendentes,oblongo-elípticas. Inflorescências em cimo reduzido com 2 a 3 flores, axilar,pedunculado, ramificado. Flores creme a esverdeadas. Fruto cápsula loculicida,amarela a laranja quando maduro. Semente recoberta por arilo branco (Pirani; Carvalho-Okano, 1999). A espécie desenvolve-se como uma planta heliófita em vegetação aberta entre rochas de arenito (campo rupestre), nas laterais de rios e barrancos da região. Pode ocorrer próxima a florestas ripárias, mas não sob o sombreamento do docel (Pirani; Carvalho-Okano, 1999).
1.4.2 Human settlement
Incidência
local
Severidade
very high
Detalhes
A grande quantidade de áreas pouco alteradas ao longo de todo o corredor da Cadeia do Espinhaço e o recente reconhecimento de sua importância com a criação da Reserva da Biosfera do Espinhaço apontam para a necessidade de se atuar com rigor na ordenação da ocupação do solo em todo este corredor, sobretudo controlando a especulação imobiliária e o turismo desordenado e o desmatamento para carvoaria e, em certas áreas, a mineração (Madeira; Ribeiro, 2009).
1.3.1 Mining
Incidência
local
Severidade
high
Detalhes
A grande quantidade de áreas pouco alteradas ao longo de todo o corredor da Cadeia do Espinhaço e o recente reconhecimento de sua importância com a criação da Reserva da Biosfera do Espinhaço apontam para a necessidade de se atuar com rigor na ordenação da ocupação do solo em todo este corredor, sobretudo controlando a especulação imobiliária e o turismo desordenado e o desmatamento para carvoaria e, em certas áreas, a mineração (Madeira; Ribeiro, 2009).
1.4.3 Tourism/recreation
Incidência
local
Severidade
medium
Detalhes
A grande quantidade de áreas pouco alteradas ao longo de todo o corredor da Cadeia do Espinhaço e o recente reconhecimento de sua importância com a criação da Reserva da Biosfera do Espinhaço apontam para a necessidade de se atuar com rigor na ordenação da ocupação do solo em todo este corredor, sobretudo controlando a especulação imobiliária e o turismo desordenado e o desmatamento para carvoaria e, em certas áreas, a mineração (Madeira; Ribeiro, 2009).
3.3 Fuel
Incidência
local
Severidade
high
Detalhes
A grande quantidade de áreas pouco alteradas ao longo de todo o corredor da Cadeia do Espinhaço e o recente reconhecimento de sua importância com a criação da Reserva da Biosfera do Espinhaço apontam para a necessidade de se atuar com rigor na ordenação da ocupação do solo em todo este corredor, sobretudo controlando a especulação imobiliária e o turismo desordenado e o desmatamento para carvoaria e, em certas áreas, a mineração (Madeira; Ribeiro, 2009).
1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Criticamente em Perigo" (CR) segundo a Lista vermelha daflora de Minas Gerais (COPAM-MG, 1997).
1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: "Vulnerável" (VU) segundo a Lista vermelha daflora do Brasil (MMA, 2008), anexo 1.
- CONSELHO ESTADUAL DE POLÍTICA AMBIENTAL, MINAS GERAIS. Deliberação COPAM n. 85, de 21 de outubro de 1997. Aprova a lista das espécies ameaçadas de extinção da flora do Estado de Minas Gerais, Diário Oficial do Estado de Minas Gerais, Diário do Executivo, Belo Horizonte, MG, 30 out. 1997, 1997.
- PIRANI, J.R.; CARVALHO-OKANO, R.M.D. Maytenus rupestris (Celastraceae), a New Species from Minas Gerais, Southeastern Brazil. Novon, v. 9, n. 1, p. 95-97, 1999.
- MADEIRA, J. A.; RIBEIRO, K. T. Plano de manejo do Parque Nacional da Serra do Cipó e Área de Proteção Ambiental Morro da Pedreira, Brasília, DF, 2009.
- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.
CNCFlora. Maytenus rupestris in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Maytenus rupestris
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 17/08/2012 - 18:01:59